Chegados a Liga Profissional, chegados a uma nova realidade. Sabíamos que chegando a este
momento teríamos que ter resolvida a questão da antiga SAD, ou seja 500.000€.
Mas a Liga deu uma oportunidade de se formar uma nova SAD sem termos que
resolver de imediato a questão da antiga. Ora assim sendo, o nosso clube fez
uma assembleia geral com o âmbito de os sócios elegerem o formato da mesma,
pelo menos assim tinham publicitado na semana anterior...mas chegados lá a realidade
foi outra. Os sócios foram confrontados com um único formato, imposto pela Liga
para que pudéssemos participar na
2ªLiga, ou pagar os 500.000€ da antiga. A mesma impunha segundo a nossa direção,
que o Farense detivesse apenas 30% da SAD, fazendo com que os restantes 70% pertencessem
a investidores. Sorte a nossa, que os restantes 70% pertencem a 3 grandes
Farenses que muito têm feito nos últimos anos para que chegássemos onde chegamos, continuando o Farense com a maioria da SAD.
Triste a Realidade do futebol, em que impõem que os clubes se formem em
empresas sujeitando-os a venderem-se a investidores estrangeiros para darem
continuidade a sonho dos seus associados de estarem na Liga Profissional. Vejo o caso dos nossos vizinhos em que
acabaram de se constituir SAD, e detém apenas 20% da mesma, estando o restante entregue a um único
investidor Italiano.Em Olhão já não mandam os que la estão... Vejo também os casos mais recentes, como o Everton ou o Cardiff, em que viram os novos patrões mudarem as cores e símbolos dos clubes, verdadeiros brinquedos nas mãos de multimilionários, que brincam, brincam, até se fartarem. Continuando,
nesta assembleia os sócios foram "novamente" colocados entre a espada
e a parede, ou era assim ou voltávamos para a 2ªdivisão e não tiveram
oportunidade de escolher nada, apenas votar a favor ou contra a mesma proposta.
As coisas não deveriam de ser assim...nem pela maneira a que o meu clube deu
continuidade a toda esta questão nem da maneira como o nosso futebol se esta a
tornar. As vezes questiono-me se seria tão utópico a criação de uma Liga
paralela a esta, em que os clubes não ficassem sujeitos a estas modernices, nem
que os adeptos fossem sujeitos a tantas limitações, repressão e exploração.
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