"Hoje
cheguei a casa realizado. E por culpa de uma claque, de seu nome South
Side Boys. Sou de Tavira e trabalho em Lisboa, fins de semana incluídos,
razão pela qual são raras as deslocações do Farense onde posso
acompanhar a equipa. Hoje, pude estar presente, finalmente: meti-me no
barco e fui ao Seixal. Cheguei já o Farense ganhava 1-0 e os South Side
faziam a festa habitual. Não tive
vergonha: pedi bilhete para a bancada visitante, juntei-me a eles e
cantei. Cantei a plenos pulmões, porque apesar de não pertencer à
claque, já decorei as músicas todas, de tanto as ouvir no São Luís. Aí,
na nossa casa, nunca posso ir para aquela bancada, a única bancada onde
gostava de estar, porque ainda não sou sócio do Farense e mandam-me
sempre para a bancada "visitante". Desterrado para essa zona, canto
sozinho, acompanhando os SS desde longe.
Hoje, por 90 minutos, mais descontos, fui um ultra. Sem adereços do Farense, porque o cachecol está em Tavira, e sem grandes conversas, porque sou mesmo assim, só cantei. E aplaudi, claro. E nessa hora e meia, o sentimento de orgulho, de pertença a um clube, a uma cidade, a uma região, encheram-me o corpo e a alma de uma alegria indescritível.
Não sou Farense de berço. Nasci em Faro, como toda a gente no Algarve (ou quase), mas sou de Tavira. O meu pai é benfiquista de coração, nada o liga a Faro e por isso nunca me instigou qualquer sentimento pelo Farense. Cresci com as façanhas do Farense, mas ainda muito jovem o clube hibernou, entrou num estado de coma profundo. O tempo passou, o sentimento de benfiquismo que havia desde criança perpetuou-se... mas eis que o Farense renasceu, e o meu sentimento renasceu com ele. Não sou Farense de berço, mas fui-me tornando Farense de corpo e de alma. Vou aos jogos sempre que posso, estou a evangelizar gente em Tavira e em Lisboa e quero mais, muito mais. E hoje, naquele Caixa Futebol Campus, no Seixal, percebi o que já sabia há muito tempo mas não se tinha ainda manifestado: sou ultra de coração. Ultra Farense. Estar ao lado dos South Side a apoiar o clube é como um vício, uma droga: já passaram horas e horas desde que o jogo acabou e ainda continuo com todas as músicas em loop na cabeça, sem parar. Quero mais disto, quero isto todas as semanas. Para já, sou um ultra wannabe, mas o sentimento, esse já não sai daqui."
Hoje, por 90 minutos, mais descontos, fui um ultra. Sem adereços do Farense, porque o cachecol está em Tavira, e sem grandes conversas, porque sou mesmo assim, só cantei. E aplaudi, claro. E nessa hora e meia, o sentimento de orgulho, de pertença a um clube, a uma cidade, a uma região, encheram-me o corpo e a alma de uma alegria indescritível.
Não sou Farense de berço. Nasci em Faro, como toda a gente no Algarve (ou quase), mas sou de Tavira. O meu pai é benfiquista de coração, nada o liga a Faro e por isso nunca me instigou qualquer sentimento pelo Farense. Cresci com as façanhas do Farense, mas ainda muito jovem o clube hibernou, entrou num estado de coma profundo. O tempo passou, o sentimento de benfiquismo que havia desde criança perpetuou-se... mas eis que o Farense renasceu, e o meu sentimento renasceu com ele. Não sou Farense de berço, mas fui-me tornando Farense de corpo e de alma. Vou aos jogos sempre que posso, estou a evangelizar gente em Tavira e em Lisboa e quero mais, muito mais. E hoje, naquele Caixa Futebol Campus, no Seixal, percebi o que já sabia há muito tempo mas não se tinha ainda manifestado: sou ultra de coração. Ultra Farense. Estar ao lado dos South Side a apoiar o clube é como um vício, uma droga: já passaram horas e horas desde que o jogo acabou e ainda continuo com todas as músicas em loop na cabeça, sem parar. Quero mais disto, quero isto todas as semanas. Para já, sou um ultra wannabe, mas o sentimento, esse já não sai daqui."
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